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6 maneiras de engajar pessoas nas organizações

Engajar pessoas é hoje um dos maiores desafios das organizações. O papel da liderança tem se tornado fundamental, sobretudo em ambientes que mesclam pessoas com diferentes perfis, objetivos e necessidades. Não basta comandar pessoas, como fazia o líder-herói, agora o líder deve saber estimular o melhor de cada membro da equipe para obter resultados e desenvolver suas potencialidades.

Em períodos de crise e instabilidade, como o que o Brasil vive, o impacto negativo é sentido não apenas nas finanças das organizações, como também no clima e no engajamento organizacional. Um estudo global realizado pela Aon, apontou que em períodos de retração da economia “a gestão tem lucro menor para investir em desenvolvimento e recompensa de funcionários, os quais ficam menos motivados, o que torna mais difícil atrair e reter os talentos que contribuem para os resultados de crescimento desejados”.

Não existe uma receita pronta para engajar pessoas, mas alguns elementos podem ser utilizados para manter o ambiente organizacional mais produtivo. Quer saber como? Continue a leitura e confira alguns caminhos possíveis dicas a seguir!

Faça uma análise do seu grupo

Muito utilizada em processos seletivos, as dinâmicas de grupo também podem ser bastante úteis para desenvolver competências e motivar equipes. O estudo da dinâmica de um grupo pode ser utilizado na compreensão comportamental das pessoas e para mediar eventuais conflitos, como forma de aprendizagem para a adoção de novas diretrizes de convivência.

Uma das teorias que tentam explicar o comportamento de grupos de trabalho é o modelo criado pelo psicólogo Bruce Tuckman. O modelo consiste em 5 etapas:

  1. Formação: é o começo da interação entre os membros da equipe, quando ocorre incertezas quanto à sua liderança e estrutura. Nesse momento, alguns testes podem ser feitos para verificar se determinadas ideias e posições serão aceitas pelo grupo e aqui é o momento de criar uma visão compartilhada para o grupo.
  2. Confrontação: caracterizado pela ocorrência de conflitos, quando determinados membros demonstram resistência aos limites da individualidade de cada um. Neste momento o líder engajador tem o papel de não deixarem as pessoas desistirem. Lembre da visão compartilhada e escute cada um e suas necessidades.
  3. Normatização: ocorre a aproximação entre os membros e começa a ser formada uma coesão no grupo. Nesse momento, a equipe começa a trabalhar de forma coordenada, tornando-se em uma estrutura mais sólida. Aqui o líder engajador ajuda a equipe para definir as regras de convivência e os processos de trabalho.
  4. Desempenho: o grupo se torna funcional e concentrado em realizar e concluir objetivos definidos. Neste momento o líder assume o papel de um coach que estimula a equipe para continuar seu trabalho sem muito intervenção.
  5. Interrupção: em grupos de longa duração, é o momento da sua suspensão. Nesta etapa final, o objetivo do grupo é finalizar todos os objetivos até o término por completo do grupo. É importante mostrar para os membros do grupo a importância dessa etapa e fazer perguntas-chave sobre as aprendizagens.

Ao invés de dar as respostas, faça boas perguntas

Muitos gestores acreditam que sua capacidade de dar respostas é o que contribui para estabelecer sua liderança. Saiba que, mais importante do que dar respostas prontas, é fazer boas perguntas e empoderar a equipe ao desenvolverem as respostas.

Há várias teorias sobre como fazer uma boa pergunta. Elas podem “abrir” uma conversa, ajudar a focar em determinado tema ou mesmo a resolver problemas ou tomar decisões.

Os líderes precisam ser perspicazes para fazerem perguntas abertas que estimulem a introspecção profunda das pessoas. Perguntas como “se você pudesse fazer uma alteração para melhorar seu ambiente de trabalho, qual seria?” ou “o que você mais gosta sobre trabalhar aqui?” permitem extinguir pequenos problemas, antes que eles se tornem incontroláveis, e fazem emergir ideias e soluções que podem aumentar a eficiência, produtividade e o engajamento na organização.

Escute seu grupo com empatia

Uma das competências emocionais mais fundamentais no ambiente corporativo ou escolar é o poder da empatia.

Uma boa liderança deve ser sensível às necessidades, às respostas e ao contexto ao redor do grupo. Quando os talentos e as potencialidades de cada um são maximizados, durante a realização de um determinado trabalho, resultados incríveis são conquistados.

A habilidade de estar atento ao que sua equipe pode oferecer e modificar abordagens em função desses talentos, definem a empatia de um bom líder.

Gere confiança entre os participantes

No livro A coragem de ser imperfeito, a pesquisadora e professora da Universidade de Houston, Brené Brown afirma que nos tornamos fortes ao aceitar a nossa própria vulnerabilidade.

Para Brené, viver é experimentar riscos, se expor emocionalmente e enfrentar incertezas. Muitas pessoas veem isso como uma medida de fraqueza, quando na verdade ela deve ser considerada como definição de coragem.

A vergonha de errar pode ser uma barreira limitante para muitas pessoas, mas elas devem compreender que isso é fundamental para o sucesso – em ambientes que estimulam a inovação, como o Vale do Silício, por exemplo, o erro é, inclusive, incentivado, sendo entendido como parte inerente do processo criativo e do aprendizado: só erra quem está criando algo novo!

Ninguém se destaca se ficar com medo o tempo todo do que os outros podem pensar. Dessa forma, quando estimulamos as pessoas a serem mais ousadas e ajudamos elas a admitirem e minimizarem seus principais medos, tornamos elas mais fortes, criativas, engajadas e confiantes.

A confiança aqui vai além de não ter medo de errar, mas abrange também a segurança na equipe e nos outros participantes, a confiança de que eles não vão decepcionar e também se empenharão ao máximo nos objetivos do grupo.

Crie um espaço de cocriação

A regra é não ter muitas regras. Quanto mais o líder tenta controlar as pessoas, menos criativas elas tendem a se tornar. O segredo do sucesso é encorajar a equipe a agir criativamente como um grupo e não atrapalhar este processo pela necessidade de alguma forma de controle.

Muitas organizações adotam o “cantinho da criatividade”, com livros, jogos e vídeos que estimulam a criatividade. Outras pedem que as pessoas coloquem em suas mesas objetos simbólicos que representam o processo criativo no ambiente de trabalho, como lâmpadas, baterias, bolas de cristal. Há, ainda, os murais de brainstorming, em que os líderes fazem perguntas que estimulam a equipe a participar com ideias.

Ao desenvolverem seu potencial criativo e cocriarem soluções inovadoras, as equipes tendem a se engajar mais nas atividades desenvolvidas.

Mostre visualmente o que está fazendo

A criatividade é a competência número 1 para o século XXI. Uma maneira de manter sua equipe criativa e engajada em seus projetos é adotar recursos visuais na comunicação.

Um bom líder deve saber “vender” soluções criativas e viáveis para novos paradigmas e o pensamento visual pode potencializar esse processo.

Quando uma equipe começa a se comunicar visualmente passa também a pensar com o lado mais criativo do cérebro. Dessa forma, desenhe suas ideias e estimule as pessoas ao seu redor a fazerem o mesmo.

O pensamento visual não significa abandonar o texto linear. Quando unimos texto e imagens construímos um significado mais amplo e começamos a enxergar soluções ocultas. Engana-se aquele que acredita que apenas desenhistas profissionais podem comunicar visualmente. Somos seres visuais e, por isso, qualquer pessoa pode pegar um pedaço de papel e caneta e utilizar setas, círculos e cores para transmitir suas ideias.

Um estudo demonstrou que organizações com times engajados podem superar em 202% os resultados das com equipes sem engajamento. Engajar pessoas deve ser uma das prioridades das lideranças. É por meio do poder criativo e da motivação delas que as organizações mantêm sua sustentabilidade, criam diferenciais e impactam positivamente não apenas seu mercado, mas a sociedade.

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