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Soft skills e seu impacto nas organizações

Nós nos acostumamos com o fato de que, ao longo de nossa vida, devemos aprender um conjunto de hard skills, ou conhecimentos técnicos. Geralmente, o ensino formal e a experiência profissional cumulativa são responsáveis por esse aprendizado.

Ninguém nasce pronto para fazer cálculos de Engenharia, certo? Muito menos capaz de preparar um bolo sem olhar a receita pelo menos uma vez. É preciso treino!

Devido a esse cenário, nos convencemos de que as habilidades profissionais são impessoais e fáceis de mensurar, e por isto raramente nos preocupamos com as soft skills.

Essas duas habilidades, contudo, são distintas e complementares. Uma jamais poderá substituir a outra. O necessário é abrir os olhos para o conjunto de competências de cada indivíduo e compreender que hard skills e soft skills não são inatas, ou seja, ambas podem ser aprendidas e aperfeiçoadas.

Mesmo que organizações decidam investir em seus colaboradores, reflita: “O que a equipe precisa aprender?”

É o que vamos explorar no artigo de hoje!

O que são soft skills e hard skills?

Ao apresentar seu currículo, você pode comprovar todas as suas habilidades “tradicionais”: produtividade; experiências anteriores; qualificação para o cargo; e conhecimento técnico em determinada área.

Essas são as hard skills, habilidades específicas e necessárias para realizar seu trabalho. Elas são aprendidas em sala de aula e durante sua vida profissional, e são avaliadas em processos seletivos. Por exemplo, se você fosse um chefe de cozinha, cozinhar seria uma hard skill.

Agora, imagine que você possui outras habilidades, como ser focado, perceptivo, carismático, proativo, motivado e criativo. Essas habilidades, que são exemplos de soft skills, podem ser utilizadas em qualquer função ou cargo dentro da organização. Isso porque elas refletem habilidades comportamentais, emocionais e também interpessoais.

Em oposição aos conhecimentos técnicos — e também necessários — das hard skills, as soft skills têm três pilares principais:

  • comunicação;
  • trabalho em equipe;
  • resiliência.

O que acontece com a organização quando alguém com esses predicados se junta à equipe?

Soft skills em meio ao caos

Enquanto as hard skills são responsáveis por garantir qualidade de entrega, e que o conhecimento técnico será aplicado no alcance de resultados quantificáveis, as soft skills afetam diretamente a produtividade da equipe. Elas podem também favorecer a manutenção de um ambiente de trabalho mais eficiente e dinâmico.

Acontece que o que realmente garante o sucesso de uma organização é o estímulo para que as pessoas trabalhem cada vez mais de forma colaborativa. Associadas ao trabalho em equipe, temos as atitudes, processos e percepções dos indivíduos que realizam esse trabalho.

As soft skills e a flexibilidade

As soft skills não são novidade, porém por muito tempo foram interpretadas como características inatas do ser humano. Hoje sabemos que as soft skills são habilidades comportamentais, cujo desenvolvimento demanda prática, da mesma forma que as hard skills.

Isso se deve ao fato de que soft skills são difíceis de mensurar, assim como é complexo aferir o nível de motivação e de sinergia de uma equipe. Tem-se uma ideia, porém ela nunca é exata. É apenas possível perceber seus efeitos na eficiência e na produtividade de um departamento ou equipe.

Como vivemos numa realidade cada vez mais imprevisível, que demanda adaptação, o aprendizado deve ser constante. Desse modo a tendência é que, cada vez mais, as pessoas tenham que fazer um pouco de tudo, e assim desenvolvam uma visão holística dentro da organização.

Flexibilidade, portanto, é a palavra-chave para desenvolver organizações mais preparadas para o futuro.

Como desenvolver essas habilidades?

Enfrentamos dificuldades quando precisamos tomar uma decisão, trabalhar em equipe, ter proatividade, organizar nosso fluxo de trabalho e fazer mais do que aquilo que nos pedem. Porém, assim como não nascemos sabendo que 1+1=2, também não nascemos com habilidades sociais. É muito claro que, para desenvolvê-las, precisamos passar por um processo de aprendizagem.

A grande diferença é que nós aprendemos as hard skills em sala de aula, ou por meio de experiências profissionais. Contudo as soft skills aprendemos acidentalmente, pelas interações que temos com professores, pais, ou na vida em sociedade.

O objetivo é mudar essa mentalidade a fim de que possamos capacitar as pessoas em suas habilidades emocionais, sociais e comportamentais, tanto quanto em competências técnicas.

Organizações têm repensado o fluxo de trabalho e escolas têm reinventado seus modelos de ensino. Há cursos sob medida para empresas com o objetivo de treinar líderes e equipes a desenvolver essas habilidades menos tangíveis, mas não menos significativas.

Saber lidar com problemas, “aprender a aprender”, criar engajamento, transmitir motivação, comunicar-se bem, adaptar-se a situações inusitadas, desenvolver um pensamento voltado à resolução de problemas, enfim, todas essas são competências passíveis de serem treinadas. Acha que não?

Aqui na Escola de Facilitadores, temos diferentes cursos e formações que buscam estimular gestores, articuladores, consultores, professores e empreendedores a desenvolver as soft skills e a facilitar processos participativos que geram engajamento!

Confira nossa agenda e não deixe de se inscrever em nossos cursos e formações!