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Faça suas ideias acontecerem!

Quantas ideias você tem por dia? Ou por semana? Ou por mês? Muitas, certo? Provavelmente mais do que conseguiria contar ou recordar.

Agora, reflita: quantas delas você aplicou, executou ou concretizou? Quantas foram, de fato, transformadas em realidade?

Apostamos que esse número é menor do que o anterior, bem menor.

Este artigo, inspirado no livro de Scott Belsky “Making ideas happen”, nasceu da certeza de que nós, seres humanos, temos mais dificuldade em concretizar ideias do que em tê-las.

Pois é. Sabemos que a execução de ideias pode ser um desafio grande o suficiente para fazer com que você desista de inovar e tranque na gaveta faíscas de brilhantismo que poderiam revolucionar sua vida ou de sua comunidade. Aqui, trouxemos uma fórmula para evitar que isso aconteça e para ajudar você a transformar suas ideias em realidade.

Preparado?

1. Compreendendo a concepção de ideias

Você sabia que a maior parte das pessoas que empreendem e que revolucionam têm muitas características em comum? E não estamos falando apenas da capacidade de criar, de improvisar e de transformar o limão em limonada. Estamos nos referindo à dedicação e às estratégias empregadas para transformar o abstrato em concreto.

Afinal de contas, de acordo com Belsky, ter uma ideia é apenas o primeiro passo na jornada da criação. A longa etapa da concretização é tão ou mais vital quanto a inspiração inicial.

Não é à toa que o autor cita uma famosa frase atribuída a Thomas Edison. Você certamente já ouviu falar dela: “Genialidade é 1% inspiração e 99% perspiração”. Em outras palavras: o esforço da superação das barreiras do cotidiano para concretizar seu projeto excede o esforço da concepção.

É por isso que Belsky passou grande parte de sua vida acadêmica estudando o processo de execução de ideias. O autor, empreendedor e criador do Behance, mapeou as tendências da mente criativa (e da mente executora) e sintetizou o “99% perspiração” de Thomas Edison na seguinte fórmula:

Ideia + Organização + Força da comunidade + Capacidade de liderança = Concretização da ideia

Interessante, não? Também achamos. Por isso, vamos investigar cada um desses elementos, com exceção da própria ideia, que, assumimos, é a parte da equação que você já domina.

2. Valorizando o papel da organização

O primeiro passo para a concretização de uma ideia é saber organizar seu tempo e suas ações. Parece fácil, mas, acredite, não é.

No mundo caótico em que vivemos (mundo V.U.C.A., já  ouviu falar?) é fácil se perder na enxurrada de distrações multicoloridas que nos alcança na tela no computador, da TV, do smartphone ou do tablet.

Assim, saber priorizar tarefas e organizar um escopo de trabalho é não se deixar levar pelos ladrões de foco e atenção, mas manter-se concentrado em suas ações, em seu cronograma. Essa postura o levará a agir sempre de forma proativa em vez de reativa ou impulsiva.

O conselho de Belsky, portanto, é: trate cada ideia como um pequeno projeto. Identifique quando agir e como agir para empreender ações concretas e evoluir ao longo do processo.

3. Empregando a força da comunidade

Depois da organização pessoal, surge a força da comunidade e o mantra de que nenhuma ideia brota e cresce isoladamente.

Acostume-se com o fato de que sua ideia ganhará vida a partir do contato com a percepção do “outro”. Afinal, todo Batman precisa de um Robin, de um Alfred, de uma Mulher-gato, e até de um Coringa e de um Pinguim para vingar.

Então, esteja aberto a se comunicar, a se conectar, a debater e a colaborar com outras pessoas. Nesse setor, Belsky fala sobre as oportunidades de ampliar as ideias e refiná-las empregando as contribuições, a energia e o feedback daqueles que o rodeiam, como sua família, seus amigos ou sua equipe de trabalho.

Quando você compartilha sua evolução, o quadro de execução evolui mais rápido e você fica mais motivado a finalizar o projeto. Não há mais apenas a energia e a expectativa individual na jogada, mas uma força coletiva, uma plataforma de apoio que ajudará seu projeto decolar.

4. Aprendendo a ser um líder

A capacidade de liderar vem como o último elemento da equação de Belsky. Nesse momento, você já deve estar ciente da mecânica da organização e da execução, e engajado em capitalizar o poder do coletivo para impulsionar seu projeto.

Mas o fato é que, segundo o autor, suas ideias apenas sairão do papel se você a) transformá-las em projetos e b) abordá-las como um líder e não como um visionário.

E como aprender a ser um líder?

Bem, liderança não é um exercício teórico, mas algo que se aprende na prática. Você até pode ler sobre com ser um líder, mas se tornará um somente quando criar uma dinâmica construtiva com as diferentes personalidades e comportamentos que o cercam, seja em casa, seja no trabalho.

Isso significa que você precisa estar consciente o suficiente para enxergar suas falhas como lições, para perceber o que funcionou e o que precisa ser melhorado, e aprender com os erros, aprimorando sua abordagem a cada nova tentativa.

5. Fazendo ideias acontecer

Conceber uma ideia, ter organização para transformá-la em um projeto, capitalizar a energia do coletivo e abordar todo esse processo como um líder são os elementos da fórmula criada por Belsky. O objetivo, como dissemos, é fazer com que sua ideia realmente aconteça.

O que podemos concluir? Que a concepção de ideias (grandes ou pequenas) é uma tendência natural, mas que o processo de concretização é turbulento e envolve mais variáveis do que apenas a criatividade humana.

Assim como Belsky, aqui na Manifesto 55, nós sabemos que semear é apenas a primeira de muitas ações na transformação de uma ideia em realidade. Esse primeiro passo é fundamental, mas é preciso ir além da semeadura para obter uma árvore frutífera.

Por isso, convidamos você a conhecer o Kaospilot Repense Educação, curso que engaja os participantes no compartilhamento e execução de ideias, na preparação e facilitação de processos e na liderança de equipes. Aprenda a pilotar no caos e permita que suas ideias vejam a luz do dia!